sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Estamos eu, Pierric e meu pai à beira da lareira que queima restos de 40 anos de 6 vidas. Todas destribuidas pelo mundo. Esta casa que mantém a arquitetura original por quaqe 300 anos, se pararmos na filosophia, guarda muito mais que a història de 6 jovens de 68. Mas ai, este diàlogo entre eu, escritora e vo^ce, leitor, ou leitora, jamais findaria.

Pego as Obras Completas de Joâo Cabral, discuto, em francês (ora vejam, que ousadia! Somente eu com a minha!) sobre e a respeito de porsia com meu pai (Dr. em Letras!) e Pierric, seu amigo de infância.

Ele pôem fim à discursâo dizendo: Quando eu tinha a sua idade, era igual a você. Hoje nâo gosto mais de poesia, é pura técnica.

Igual a mim! Ninguém é igual a mim, nem a ninguém é igual a ninguém mesmo! Como eu nâo sou igual a mim! Ao quepenso  ser de mim mesma!

Enfim, travamos argumentos o bastante para que o cheiro da erva do jardim trouxese o sono que eu precisava.  Àquele produto orgânico saùdo como a flor de lavanda que brota nas calçadas de todas as ruas que passeamos.

O vinho estava lah, pela metade na sua garrafa de 2003. A lavanda continuava na rua. Eu estava na poesia que meu pai nâo quer ouvir!

Por fim, em cima na soleira da porta, a inscriçâo: " la parole divise, le silence réunit".
Entâo, faço-me meio criança quando pergunto ao meu pai: Pai, porque você se divorciou de Lisete? Sua primeira esposa.

-Porque nâo podiamos e queriamos ter filhos!

Assim, pratico, facil e econômico! E continuou:

Um ano depois do divorcio Lisete deu à luz ao primeiro filho. E rindo complera, E 4 amigos nossos esperando na outra sala para ver a cara da criança para, entâo, reconhecer a paternidade. Na nossa época era assim, nâo existia AIDS, e a liberdade do amor facilitava as mulheres independentes. Hoje, os jovens sofrem com a AIDS, porque como dizia aquele menino lah do Brasil que morreu, o tesâo é risco de vida.

E assim, silenciamos a nossa ultima noite em Mountmourat.

ATENçÂO FAMILIA! este teclado nâo permite acentuar corretamente, perdoem-me!


Nenhum comentário: