domingo, 18 de maio de 2008

Agente sabe.

Agente sabe. O caso Isabela só foi o que foi porque foi classe média - formadora de opinião (porque nem rico nem pobre forma por*** nenhuma).Isso se vê facilmente no caso das escolas públicas: O rico e as classes médias A, B e C foram todas pra instituições particulares de ensino, e a escola gratuita sucateou-se porque o pobre "sabe" que vida de pobre é essa mesmo, sucatada em casa, na escola e na alma.O Caso Isabela só foi para o “júri popular” porque a forma cruel do assassinato foi detalhado e ruminado pelo jornalismo "viceral", o jornalismo peca muito em achar que tem o rei da liberdade de imprensa, a liberdade de expressão na barriga.

O caso Isabela é apenas um dos que diariamente assistimos nos jornais e nem nos damos a perceber.


O caso da menina de 15 anos encarcerada numa cela com 20 homens foi de uma brutalidade, bárbarie quinhentista, medieva. No entanto cadê, ela está viva, em sua sub-vida, sub eistência, com sua personalidade dilacerada, sua vida esfragalhada em espermas e cortes no sexo pelo membro, mãos, armas e pontas de cigarros doentes e grotescos. MAS ELA ESTÁ VIVA, sim por incrível que pareça, e onde está o júri popular, a delegada, a juíza, a prefeita da cidade onde a menina foi estuprada ininterruptamente por 20 homens?!

Não me impressiona esse tipo de jornalismo internacional afinal, são europeus, mas não deixam de ser homens e jornalistas.

Não de deixo mais abater por essas notícias nos jornais, se não, terei que entrar no MC Donanld´s e cmem meu BIg Mac com a cara do pedinte, da criança esmoléu do estacionamento estampada no meu hamburguer. Terei que comer a criança, mastigá-a e degluti-la como um hamburguer...

Não, a alienação é a salvação da alma

(mentira...)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O que há de novo na MPB? NADA!! Então vamo po brega que lá tem um mói!


Durante o show de Elza Soares no Clube das Pás em Recife me atinei para uma coisa:


Jorge Vacilo imita Djavan.


Claudia Leite Parmalat imita Ivete Zagalo.


Vanessa da Mata sem cachorro imita Maria Monte Evidell.


Maria Irrita imita a mãe( só se perdoa porque a genética é implacável).


Mas e Elza? Não imita ninguém, nem ninguém jamais ousará imitar a Elza.

Velho clichê: pra ninguém vir me dizer que não falo de flores, ora!

Na estrada onde um dia corri criança
Deixei o cheiro de minhas mãos
com meus dedinhos no vento se abrindo.

No vento sentindo o entrepassar do vento.
Com as mãozinhas espalmadas levantava os dedinhos.
Os cabelos iniados que Dna. Maria penteava e dizia:
“Mas isso parece mais palha de milho!”

Como saber hoje o que representa
O asfalto quente numa rodovia de mil direções?

Pode ser o caminho que leva para ontem
Quando chego em casa e já é manhã.

Não sou mais menina que brinca a correr
Colhendo flores de mato, brincando no pasto.

Sou aquela que sonha em nascer
De novo neste caminho, impreciso, longo e inexato.

Minha mãe com seus olhos cansados
Sua luta, sua guerra, valeram, enfim.

Sou hoje uma triste que passa
Na estrada aquém na alegria
Mas não canso de saber que um dia
A estrada se fecha pra sempre, sem curvas, sem sol, nem dia.

F. Pessoa.

domingo, 11 de maio de 2008

Só pra não ficar calada.


Dizem que agente só dá valor quando perde, mas eu não perdi nem perderei o Brasil e minha cidade recifolinda.
Também não acredito nisso que dizem pois não perdi nada e, enquanto Deus me der coragem, cara aberta e goela para gritar, eu incitarei revoltas e prejudicarei os anticidadãos.
Sabotarei, sim. Sabotarei como no dia em que murchei todos os peneus de todos os carros que estacionaram em cima da calçada do meu prédio.

Havia jogo de futebol num estádio quase viznho de minha casa. Para não estacionar em ruas mais distantes do campo, por pura PREGUIÇA SAFADA de caminhar um pouco, torcedores contraventores estacionaram nas caladas. Uma bela noite de jogo fui e murchei uns 16 peneus que atravancavam a passagem, salivando e lembrando meus tempos de menina de Olinda quando tinha casamento na Rua do Bomfim e a molecada fazia dessas "festas".

Agora faço por uma causa nobre! Se a multa não amedronta, 4 peneus baixos assusta. E ameacei cara a cara os proprietários a chamar o DETRAN, a CTTU, o reboque, o escambau! Se eles voltassem a estacionar em calçadas. Fui xingada de todos os adjetivos que os homens educados e embriagados de futebol e cerveja, de classe média A, B, C, que dirigem ébriamente seus Merivas, Gols e 4X4 em cima das calçadas do Recife sabem atribuir às mulher esclarecidas, de coragem, cara de pau e de razão.
Xingamentos estes que eu jamais figuraria aqui em detalhes, porque este é um blog de respeito.

Por pouco não apanhei. Tive que tirar a bandeira do meu time da varanda para não sofrer represálias posteriores, pois sou do time adversário aos do estádio vizinho...

Sinto por aqueles que não olham de lado e se preocupam se estão incomodando com o som do carro que estoura os ouvidos deles e de todos, que não se preocupam em seguir normas de trânsito para o bem-viver de todos. Sinto pelo vendedor de cd pirata que nem sabe, coitado, mas age como um assaltante que rouba e sai dançando, assoviando esperando o carro da polícia.
O vendedor de Cd pirata é um criminoso. Eu não tenho culpa disso, a culpa é da Constituição, está lá a proibição da pirataria! E o cara ainda anda com o som no último volume vendendo ilegalidade como quem vende pastel. É mais ou menos como um traficante de maconha que quisesse montar um tabuleiro na feira e ficar igual o seu Zé dos Doces: -Olha a cocada! Olha a pamonha! E o outro do lado ecoava: -Olha a maconha! Verdinha, fresquinha e da boa!

Coitado de nós brasileiros. Coitados...

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Brasil não está pronto para a legalização.


Infelizmente não adianta reclamar, falar, explicar, interagir...
Não adianta. A falta de informação, de exclarecimento anda a torto e a direita.

A legalização não é coisa de "maconheiro". É uma questão de ser contra o subordo polícial, o tráfico de armas, tiroteios entre policiais e traficantes e entre os próprios traficantes!

Não existirá mais "toques de recolher" ou lojas em bairros inteiros fechadas por ordem de traficantes!

Existirá postos de atendimentos aos usuários, reforma no judiciário

Mas o Brasil não está preparado para a legalização. Mas graças que tudo que existe procede de algo que a antecedeu. Esses movimentos deverão levar, e eu chuto uns 30 anos, à legaliação.

Antes disso devemos nos unir pela educação, pela prevenção do crescimento do uso álcool e do cigarro, e principalmente reformular as leis, em especial, as ligadas às penas alternativas.

A legalização é necessária, o Brasil não está preparado. Comecemos a estruturá-lo, então.

domingo, 4 de maio de 2008

Legalização não é banalização.

Não fui à marcha pela legalização da maconha. Infelizmente perdi a hora. Era quase cinco horas da tarde quando João Freire me ligou dizendo que o pessoal já tinha se dissipado. Uma pena, adoraria ter ido.

A noite estava me preparando para dormir quando vi passar na televisão as breves coberturas de algumas marchas pelo país. Sofri de pena dos militantes, especialmente dos que são contra a legalização.

Entendam-me bem, por favor. Não senti pena das pessoas que pensam diferente de mim, de João ou do movimento. Senti pena pela falta de informação.

Escreverei aqui bem destacado para que todos entendam: SER A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DE UMA DROGA NÃO SIGNIFICA SER A FAVOR DO USO DA MESMA, desde que entendamos que A PROIBIÇÃO NÃO INIBE O USO E DIFICULTA AS AÇÕES POLÍTICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE. Legalização não significa banalização, tranformar o país em um woodstock. LEGALIZAR É A MELHOR MANEIRA DE COMBATER!

A começar pelas residências, a proibição incute nos lares o medo, o temor de que a droga se infiltre por baixo da porta. O preconceito pelo que é ilícito atrapalha as conversas de pai para filho e inibe a solicitação do filho já viciado, em pedir ajuda dos pais.

A proibição está levando o país a uma guerra civil entre policiais e traficantes, mais gravemente percebido todos os dias no Rio de Janeiro e mostrado no Jornal de forma banal, corriqueira, cotidiana e normal.

Nos centros urbanos, viciados em crack assaltam à mão armada e no delírio da fissura, irritadiços e irracionais, apertam o gatilho provocando cada vez mais mortes, especialmente em sinais de trânsito.

Pela proibição policiais são levados à corrupção, aceitam suborno dos traficantes, vendem suas armas, facilitam o comercio ilegal. Com A LEGALIZAÇÃO O SUBORNO DE POLICIAIS ACABARÁ, NÃO HAVERÁ MOTIVO PARA TAL. COM A LEGALIZAÇÃO A GUERRA ENTRE TRAFICANTES RIVAIS NÃO MAIS EXISTIRÁ, ASSIM COMO AS COM OS POLICIAIS TAMBÉM. Com o tempo as vendas estarão regulamentadas. Poderão ser feitos estudos, estatísticas sobre o uso e assim seu modo de prevenção. As pessoas não precisarão mais mentir, mesmo estando no anonimato mente-se pela vergonha que está intrínseca no usuário. Centros de tratamento poderão ser procurados com menos pudor, não será mais preciso entrar em favelas arriscando-se. As leis para os traficantes e usuários sofrerão mudanças levando o sistema judiciário a uma reforma nunca vista antes no Brasil. Pensem nisso. Espero ter sido clara. Boa-sorte a todos.


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Espero ter sido clara. Boa-sorte a todos.