quarta-feira, 23 de abril de 2008

O que há de novo entre Isabela Nardoni e os Bolsa-emolas?


Alexandre Garcia, no Bom dia Brasil de 23 de abril, no seu discurso sobre o caso Isabela Nardoni, citou outros casos de violência contra as crianças em geral, além das negligências dos pais que permitem acidentes domésticos e mortes no trânsito. Citou também versos do Navio Negreiro, de Castro Alves e fechou sua preleção culpando a escola e a educação recebida pelos pais quando crianças, que seriam as responsáveis por adultos hoje mal formados nesta sociedade perdida em seus valores destorcidos.

Não acredito que ele esteja tão certo assim, que a culpa no caso dos Nardoni advenha da formação escolar. Acredito mesmo na ausência da mãe no lar, onde sai a formadora de opinião, ética, princípios morais, religiosos, e entra a televisão, as babás que, mal podendo educar os próprios filhos, ganham a sina de educar aos dos outros.

Não estou dizendo com isso que o responsável geral pelo enlouquecimento da sociedade seja das mães, por favor não estou culpando ninguém. Pobre da minha mãe se eu o fizesse. Mas antes os pais saiam para nos sustentar e quem nos cuidava eram nossas mães. Mas agora que estão todas na rua, quem cuidará de nós? Quem cuidará do meu filho, quando eu tiver que ir à labuta?

E se Alexandre Garcia estiver certo, se a culpa pelos desvios morais e de conduta sociais for mesmo de responsabilidade da escola - se não temos o pai, nem a mãe, só nos resta confiar na escola, não é verdade? – eu me pergunto, mais uma vez, de novo, para que servirá o bolsa escola? Hoje é um adulto mandando 3 crianças pra escola e recebe R$ 45,00. Daqui há 10 anos, esss crianças serão 3 adultos, mandando 9 filhos “estudar”, cada um recebendo R$ 45,00, então R$135,00, e por ai vão-se os anos...

Quando fui professora, minhas alunas diziam-me: “O bolsa escola é ótimo professora, com ele comprei essa saia (mini-micro-saia, vale ressaltar) na sulanca, vou pro brega e ainda dá pra 'tomar umas' ”.

São alunas e alunos da escola não reformada, da escola escanteada por um presidente que chegou lá sem precisar dela! Por um presidente que parece se importar com seus bolsas esmolas mas, que no fundo, se estivesse mesmo preocupado, faria com que a escola em si fosse o atrativo, sem precisar de esmolas sob bolsas não sei o quê, como subterfúgios para atrair as crianças e a “consciência” dos pais para a educação dos filhos. Poderia fazer um pouco melhor, por exemplo, fazer com que seus pais recebessem esses R$ 45,00 por serviços prestados à escola onde o filho estuda, dar uma “bolsa-empreendimento”, uma renda como essas bolsas não sei o que, com o caráter empreendedorístico, que futuramente deveria ser revertido ao governo, pelo menos em forma de impostos! E não simplesmente, "tirar"-note as aspas- as crianças do trabalho, dos sinais, e entregar essas esmolas através de bancos ou de carteirinhas. Isso eu chamo de agressão, de negligência do governo para com os mais novos. A perpétua ausência de Estado na responsbilidade da formação escolar e cidadã de eu povo.

Esmoléus de carteirinha. Isso foi no que se tornou a população beneficiada. Até porque, pelo menos aqui em Recife, não vi diminuir em nada as crianças e adolescentes nas ruas, nos semáforos. Pois economicamente falando, é do senso comum afirmar que “quanto mais você tem, mais você consome. Quanto mais você consome, mais você precisará ter”. Portanto, mesmo recebendo bolsas tudo, a esmola de rua é imprescindível.
E a escola continua lá, como um trabalho enfadonho e deprimente que muitos aturam porque têm família pra sustentar, nossos adolescentes já sentem essa obrigação no período escolar, e se calam com a boca de feijão...

domingo, 20 de abril de 2008

As pedras portuguesas, parte II



As pedras portuguesas têm suas origens nas margens do rio Tejo. Esses seixos são em calcita branca e basalto negro, pelo contraste de cores pode-se montar mosaicos em calçadas. A pavimentação com linha estética agradável e de forma simples como o calçadão de Copacabana, famoso pela pavimentação em pedras portuguesas é motivo de inspiração para artistas, estilistas e marcam a personalidade do lugar. Nunca são feias as calçadas assim feitas, nunca estão fora de moda.

Mas há os que não preferem, como foi no caso do Rio de Janeiro em que vereadores aprovaram um projeto de lei que obriga a troca do antigo calçamento de pedras portuguesas por pisos antiderrapantes. A autora do projeto foi a vereadora Cristiane Brasil (PTB), a iniciativa pretende acabar com as pedras portuguesas que calçam boa parte do Rio de Janeiro, e que seriam responsáveis por grandes transtornos para a população em geral, especialmente os idosos. Mas o problema não está nas pedras em si, e sim, na falta de manutenção nos buracos que inevitavelmente se abrem pela ação do tempo e desgaste natural que sofrem os pisos de áreas urbanas.

"Estamos em pleno século XXI, mas nossas calçadas continuam as mesmas do início do século passado". Afirmou a vereadora Cristiane Brasil. Mas o que ela não se toca é que um projeto paisagístico, uma obra que comemora um século, deveria ser preservado como patrimônio histórico, e não destruído por falta de cuidado do poderio público, que vê na reforma um alívio nas despesas governamentais, pois se o novo material usado na troca das calçadas não precisar de tanta manutenção como estas do início do século passado, então, ao invés de reformar os casarios históricos ameaçados de desabamento que se espalham em Olinda, Recife, Salvador, Rio entre outras, implode tudo logo de uma vez e vende o terreno à construtoras, leiloa, levanta mais um prédio público e instaura mais um órgão vegetativo e sangue suga do nosso dinheiro público, do contribuinte. Na verdade não podemos especular sobre o caráter verdadeiro da intenção das trocas destas pedras, sejam as do Rio ou aqui em Recife, mas sabemos que custos com manutenção é obrigação do estado, e não sair reformando, trocando, derrubando, desmontando. Já dizia os Titãs: “Homem criava e também destruía”.

Outra coisa é que essas pedras são caras, em Portugal existem os mestres calceteiros, que são os que desenham os mosaicos com essas pedras. A preocupação é se elas irão parar na beira da piscina de algum secretário, se elas serão reaproveitada em algum outro espaço público, se serão leiloadas ou vendidas arbitrariamente. A orla de Boa Viagem perdeu o encanto. Estes tijolinhos são feios, apagados, sem personalidade, não trazem nada de novo nem vida à praia, para a Avenida. Este é o motivo desta discussão.

O cidadão não viu o projeto, os moradores da avenida não opinam, ninguém faz nada, e o governo mete a mão no nosso dinheiro, faz o que quer, como quer, e ninguém faz nada, ninguém diz nada. Fora que todo o mundo sabe que as obras são superfaturadas, que há desvio de dinheiro para contas particulares, mas fazer o que?

Só me resta este blogger pra desabafar. Infelizmente pra ser alguém na vida preciso concentrar minha energia para a viagem a estudos, não posso simplesmente me acorrentar nas máquinas e exigir satisfação. Mas se alguém se juntasse a mim para fazer uma cobertura, ir na câmara dos vereadores, ir na prefeitura, em algumas secretarias, teríamos uma resposta oficial a respeito de, pelo menos, esta resposta. Assim, não ficaríamos apenas fazendo falsas acusações, teríamos embasamento registrado em vídeo que nossas acusações são verdadeiras.

Beijo, beijo amore.

sábado, 19 de abril de 2008

Onde estão as pedras portuguesas da Av. Boa Viagem?

Não é que a curiosidade seja uma coisa ruim. Graças à curiosidade foi que o homem evoluiu. Imaginem o homem como um ser não curioso? Não dá não é verdade? Então, amores estes que visitam este blogger, não cancelem seus comentários que vocês me deixam com um fio danado de gelo me partindo ao meio, por causa de uma curiosidade em saber quem postou, o que postou e porquê retirou a postagem?!

Agora vamos ao que interessa. Onde estão as pedras portuguesas da Av. Boa Viagem? Digam-me se souberem pois aquele que nunca tiver roubado, que atire a primeira pedra!
Não sei por onde começar a procurar. Será que a assessoria de imprensa do prefeito responderia, a câmara dos vereadores alguém saberia dizer?

Quem gostaria de fazer uma pesquisa junto a mim? Pode ser mais fácil de descobrir do que imaginamos. Elas podem estar embaixo dos nossos olhos – quando estavam belíssimas sob nossos pés, ao contrário desta nova forma de pavimentação opaca, insossa, muitíssimo sem graça que agora toma conta da orla recifense e enfeia nossa paisagem. Quem gostou? Você gostou? Eu odiei!

Dica de fim de semana:
Cinema da Fundação, no Derby. Fone: 3073-6710
Mostra de documentários. Cinema de qualidade e GRÁTIS!!!! Mas só este fim de semana, nos outros dias paga uma merreca.

Quem é de beijo, beijo
FUI!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Futebol é o´ópio, mas o óbvio é inevitável. Segue sementes de papo "cabeça".

Hoje eu ia falar do problema de gado leiteiro. Tanto do tratamento que os animais recebem quanto da qualidade do leite que ingerimos.
Mas como o futebol é o ópio, fui ver o Sport Clube do Recife ser campeão da Ilha.
Para os que são de beijo, beijo.
FUI!

- Dica da semana pasada, assistam:

Kundun.
Do diretor Martin Scorsese, conta a biografia do 14º Dalai Lama, mostrando toda sua trajetória desde quando era um garoto de apenas 2 anos. Explica o porquê de toda a confusão em volta da tocha olímpica de Pequim, a revolta contra a China por terem invadido o Tibet na era de Mao Tse Tung. Recebeu 4 indicações para o Oscar.

Dica desta semana, assistam:

The corporation, de Jennifer Abbott e Mark Achbar, 2003, canadense. Não vou flar nada. Só ponhas no dvd e sentem pra ver. Depois me digam.
Beijo

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vitamínicos...

Estava eu perdendo meu tempo na Internet (sempre tenho a sensação de que poderia estar fazendo algo melhor do que msn, orkut, youtube e googles... enfim, continuando) divagando com um colega quando ele, Pezão, sugeriu que eu fizesse um blogger...

Minha professora de computação desde o começo do semestre mandou todos os alunos criarem um blogger, e eu até agora necas de pitibiriba, pensando que são muitos os assuntos, não sabia bem o que fazer num blogger especificamente! Levei dias até que enfim, resolvi fazer sem restrições.
Uma vitamina não pode restringir seus ingredientes, coloca-se variedades de frutas se vc quiser, com aveia, mel, doce de goiaba, leite condensado, enfim. Existem vitaminas mil! Pois bem... acho que poderei aproveitar das polifases que passamos com um mix de assuntos e assim, em cada roda de conversa, degustar de um sabor diferente, como as várias vitaminas que misturam em si vários sabores...

Eu amo vitaminas, não vivo sem elas... e o próximo tópico creio que permanecerei nelas, ou melhor, no leite, ou melhor, nas vacas, ou melhor, nas tetas!

Até lá!