Alexandre Garcia, no Bom dia Brasil de 23 de abril, no seu discurso sobre o caso Isabela Nardoni, citou outros casos de violência contra as crianças em geral, além das negligências dos pais que permitem acidentes domésticos e mortes no trânsito. Citou também versos do Navio Negreiro, de Castro Alves e fechou sua preleção culpando a escola e a educação recebida pelos pais quando crianças, que seriam as responsáveis por adultos hoje mal formados nesta sociedade perdida em seus valores destorcidos.
Não acredito que ele esteja tão certo assim, que a culpa no caso dos Nardoni advenha da formação escolar. Acredito mesmo na ausência da mãe no lar, onde sai a formadora de opinião, ética, princípios morais, religiosos, e entra a televisão, as babás que, mal podendo educar os próprios filhos, ganham a sina de educar aos dos outros.
Não estou dizendo com isso que o responsável geral pelo enlouquecimento da sociedade seja das mães, por favor não estou culpando ninguém. Pobre da minha mãe se eu o fizesse. Mas antes os pais saiam para nos sustentar e quem nos cuidava eram nossas mães. Mas agora que estão todas na rua, quem cuidará de nós? Quem cuidará do meu filho, quando eu tiver que ir à labuta?
E se Alexandre Garcia estiver certo, se a culpa pelos desvios morais e de conduta sociais for mesmo de responsabilidade da escola - se não temos o pai, nem a mãe, só nos resta confiar na escola, não é verdade? – eu me pergunto, mais uma vez, de novo, para que servirá o bolsa escola? Hoje é um adulto mandando 3 crianças pra escola e recebe R$ 45,00. Daqui há 10 anos, esss crianças serão 3 adultos, mandando 9 filhos “estudar”, cada um recebendo R$ 45,00, então R$135,00, e por ai vão-se os anos...
Quando fui professora, minhas alunas diziam-me: “O bolsa escola é ótimo professora, com ele comprei essa saia (mini-micro-saia, vale ressaltar) na sulanca, vou pro brega e ainda dá pra 'tomar umas' ”.
São alunas e alunos da escola não reformada, da escola escanteada por um presidente que chegou lá sem precisar dela! Por um presidente que parece se importar com seus bolsas esmolas mas, que no fundo, se estivesse mesmo preocupado, faria com que a escola em si fosse o atrativo, sem precisar de esmolas sob bolsas não sei o quê, como subterfúgios para atrair as crianças e a “consciência” dos pais para a educação dos filhos. Poderia fazer um pouco melhor, por exemplo, fazer com que seus pais recebessem esses R$ 45,00 por serviços prestados à escola onde o filho estuda, dar uma “bolsa-empreendimento”, uma renda como essas bolsas não sei o que, com o caráter empreendedorístico, que futuramente deveria ser revertido ao governo, pelo menos em forma de impostos! E não simplesmente, "tirar"-note as aspas- as crianças do trabalho, dos sinais, e entregar essas esmolas através de bancos ou de carteirinhas. Isso eu chamo de agressão, de negligência do governo para com os mais novos. A perpétua ausência de Estado na responsbilidade da formação escolar e cidadã de eu povo.
Esmoléus de carteirinha. Isso foi no que se tornou a população beneficiada. Até porque, pelo menos aqui em Recife, não vi diminuir em nada as crianças e adolescentes nas ruas, nos semáforos. Pois economicamente falando, é do senso comum afirmar que “quanto mais você tem, mais você consome. Quanto mais você consome, mais você precisará ter”. Portanto, mesmo recebendo bolsas tudo, a esmola de rua é imprescindível.
Não acredito que ele esteja tão certo assim, que a culpa no caso dos Nardoni advenha da formação escolar. Acredito mesmo na ausência da mãe no lar, onde sai a formadora de opinião, ética, princípios morais, religiosos, e entra a televisão, as babás que, mal podendo educar os próprios filhos, ganham a sina de educar aos dos outros.
Não estou dizendo com isso que o responsável geral pelo enlouquecimento da sociedade seja das mães, por favor não estou culpando ninguém. Pobre da minha mãe se eu o fizesse. Mas antes os pais saiam para nos sustentar e quem nos cuidava eram nossas mães. Mas agora que estão todas na rua, quem cuidará de nós? Quem cuidará do meu filho, quando eu tiver que ir à labuta?
E se Alexandre Garcia estiver certo, se a culpa pelos desvios morais e de conduta sociais for mesmo de responsabilidade da escola - se não temos o pai, nem a mãe, só nos resta confiar na escola, não é verdade? – eu me pergunto, mais uma vez, de novo, para que servirá o bolsa escola? Hoje é um adulto mandando 3 crianças pra escola e recebe R$ 45,00. Daqui há 10 anos, esss crianças serão 3 adultos, mandando 9 filhos “estudar”, cada um recebendo R$ 45,00, então R$135,00, e por ai vão-se os anos...
Quando fui professora, minhas alunas diziam-me: “O bolsa escola é ótimo professora, com ele comprei essa saia (mini-micro-saia, vale ressaltar) na sulanca, vou pro brega e ainda dá pra 'tomar umas' ”.
São alunas e alunos da escola não reformada, da escola escanteada por um presidente que chegou lá sem precisar dela! Por um presidente que parece se importar com seus bolsas esmolas mas, que no fundo, se estivesse mesmo preocupado, faria com que a escola em si fosse o atrativo, sem precisar de esmolas sob bolsas não sei o quê, como subterfúgios para atrair as crianças e a “consciência” dos pais para a educação dos filhos. Poderia fazer um pouco melhor, por exemplo, fazer com que seus pais recebessem esses R$ 45,00 por serviços prestados à escola onde o filho estuda, dar uma “bolsa-empreendimento”, uma renda como essas bolsas não sei o que, com o caráter empreendedorístico, que futuramente deveria ser revertido ao governo, pelo menos em forma de impostos! E não simplesmente, "tirar"-note as aspas- as crianças do trabalho, dos sinais, e entregar essas esmolas através de bancos ou de carteirinhas. Isso eu chamo de agressão, de negligência do governo para com os mais novos. A perpétua ausência de Estado na responsbilidade da formação escolar e cidadã de eu povo.
Esmoléus de carteirinha. Isso foi no que se tornou a população beneficiada. Até porque, pelo menos aqui em Recife, não vi diminuir em nada as crianças e adolescentes nas ruas, nos semáforos. Pois economicamente falando, é do senso comum afirmar que “quanto mais você tem, mais você consome. Quanto mais você consome, mais você precisará ter”. Portanto, mesmo recebendo bolsas tudo, a esmola de rua é imprescindível.
E a escola continua lá, como um trabalho enfadonho e deprimente que muitos aturam porque têm família pra sustentar, nossos adolescentes já sentem essa obrigação no período escolar, e se calam com a boca de feijão...